Levei euros em espécie para a Europa e não consegui usar porque o comércio não estava aceitando, era somente cartão ou transferências digitais. Inclusive havia cartazes anunciando:
Não aceitamos dinheiro em papel-moeda!
Mas calma, isso não é válido para todos os países, minha experiência foi extrema na Suécia e Noruega, onde a previsão é o dinheiro em papel ser eliminado até 2030. Em países como Portugal, Espanha, Grécia, Itália e outros ainda existe comércio que não aceita cartões nesta década, principalmente nas cidades do interior.
Portanto, se for viajar para cidades pequenas, descubra a situação atual antes. Pesquisando para a minha próxima viagem, identifiquei como Londres e Suíça estão seguindo o mesmo caminho digital, os poucos lugares que aceitam papel não tem troco.
Recomendo abrir conta internacional em euro e ir abastecendo com euros aos poucos da mesma forma que antes indicava comprar papel-moeda (IOF também é 3,5%). Fiz Conta Global C6 e Wise para testar e trarei mais informações práticas ao final da viagem. Por enquanto, saiba como abrir a conta.
O cartão de crédito ainda é super útil para emergências e comprovar renda com o limite disponível. Espanha, por exemplo, ou a exigir comprovação de 900 euros + 100 euros por dia de viagem na imigração. Também é o melhor para acumular milhas ou cashback, mas a conta sempre fica mais cara ao avaliar o custo-benefício. Além do IOF para o governo, tem a taxa spread e os bancos cobram um adicional acima da cotação oficial do dólar determinada pelo Banco Central que varia de 2 a 7%.
Comprar euro em papel-moeda depende do destino escolhido e como sempre terá caixa ATM para sacar nos aeroportos e cidades grandes, vale levar um mínimo e sacar se for necessário.
O que são as taxas para levar euros 4f2j2i
IOF é o imposto sobre operações financeiras aplicado pelo governo em diferentes usos de dinheiro. Como mencionado acima, desde 2025 foi fixado em 3,5% para todos os meios de pagamento.
Spread é aplicado pelos bancos para compensar a diferença entre o preço de compra (procura) e venda (oferta) em transações. A porcentagem varia e são os bancos quem decidem quanto cobrar. A menor taxa encontrei na Conta Global C6 (2,5%), mas tem pegadinha! Pode mudar para 4% conforme o horário da transação, geralmente horário comercial no Brasil. Ou seja, se for abastecer o seu cartão pela manhã e estiver na Europa, o mercado brasileiro ainda está fechado e a spread será maior. Pelo menos, o aplicativo C6 avisa que não é o melhor momento e discrimina os valores das taxas na cotação antes de a transação ser confirmada.
Contas digitais internacionais gratuitas e pagas (euros) 5z6r6d
Aplicativo C6
Cada vez surgem mais fintechs e bancos oferecendo soluções, explico as que estou utilizando no momento.
Estou gostando de usar o aplicativo C6 por concentrar todos os serviços e ser intuitivo de usar. Abrir conta pessoa física é grátis, basta baixar o aplicativo e seguir as instruções. É obrigatório para ter o aos outros serviços como a Conta Global C6, no entanto, essa é paga na abertura conforme os seus investimentos. Mesmo pagando, ainda compensa pelo cashback e pode enviar PIX da sua conta tradicional para a conta C6 sem taxa de transferência. Esperei o cartão físico chegar e então comecei a comprar euros nos dias que o câmbio estava mais baixo.
Aplicativo Wise para comprar euros
O processo de abertura da conta internacional Wise também é simples e fiz tudo pelo site. A vantagem é não cobrar abertura nem taxa de utilização para saldos de até 3.000 euros e ser um cartão único para mais de 50 moedas. Wise é ideal se incluir Reino Unido ou outros continentes na mesma viagem.
E se não usar tudo na viagem, saiba que há três soluções válidas para o saldo em qualquer uma dessas contas:
resgatar em reais (com taxas) para a sua conta bancária;
utilizar para fazer compras online no exterior sem pagar IOF porque já foi pago ao adquirir a moeda;
guardar para a próxima viagem sem sofrer com as perdas cambiais.
Levei para a Itália e Suíça 50 euros em papel que havia guardado em casa mais os cartões de débito das contas internacionais e um cartão de crédito (para emergência). E voltei com 40 euros porque os cartões foram amplamente aceitos, só precisei de dinheiro efetivo em duas situações: comprar comida de rua e usar o armário do hostel que aceitava apenas francos suíços em moeda.
Verdade que as cidades citadas como exemplo: Londres, Suíça, Noruega e Suécia adotam outras moedas como oficiais e o uso do cartão facilita as transações tanto para o comércio quanto para o turista. Portanto, ter uma conta internacional para viajar para esses países é imprescindível, assim como levar ao menos um cartão de crédito e um mínimo em euros em papel.
E você, viajou para a Europa recentemente? Qual cartão levou e onde encontrou dificuldades para fazer pagamentos? Conto nos comentários.
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Comunicadora, idealizadora deste site, fotógrafa e guia de turismo. Há 18 anos relata suas experiências de viagem focando em cultura e aventura. Saiba mais na página da autora. Encontre no Instagram
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