Fazer um mochilão é sempre bom, porém muda bastante de continente pra continente. Uma das diferenças é que para os australianos somos jovens sem grana e precisamos de ajuda sempre. Enquanto em alguns países já estão acostumados que muitos fazem por estilo e podem ter qualquer idade. Na Austrália todos foram muito simpáticos e prestativos quando viam as nossas mochilas grandes. Principalmente nos hostels e nas estações de trem e metro.
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Outra diferença é a falta de brasileiros, têm muitos morando e trabalhando lá, mas os turistas / mochileiros se concentram no leste. No Outback e oeste as pessoas ficavam surpresas quando descobriam que éramos brasileiros cruzando o país. O que é comum para europeus e americanos.
É uma viagem cara, tem que economizar num lado para gastar em outro, seja para conhecer mais lugares, fazer mais eios, compras ou aproveitar a culinária local. Mas com orçamento planejado e escolhas conseguimos gastar menos que a maioria das pessoas gastaria. O transporte foi o que extrapolou. A comida não é barata, mas tem opções e a melhor é comprar no supermercado e preparar no hostel. Lembro que experimentar a culinária local faz parte de conhecer o país, mesmo que seja uma extravagância, no mínimo uma vez vale a pena.
Mochilando pela Austrália q5h3n
Ostras da Tasmânia
Brisbane foi o lugar das surpresas agradáveis ou não. Tínhamos uma tarde para conhecer a cidade e pegar o voo de noite. Estávamos em Gold Coast e pensamos em ir até o aeroporto, deixar as malas num guarda-malas, ir para a cidade e de noite voltar para o aeroporto. Quando pedi estes bilhetes, o atendente do guichê disse que iríamos gastar uma fortuna! Na hora ele chamou outras pessoas para mostrar a nossa situação, éramos cinco pensando em como poderíamos aproveitar o tempo e gastar pouco. Chegaram a ligar para outras estações para descobrir onde tinha um locker grande e quanto custava, até que um sugeriu o bilhete para morador que poderia pegar vários transportes e pagar A$25 por pessoa (o que eu queria comprar no início iria custar A$85). Descobri que ir de trem até o aeroporto é muito caro em todas as cidades.
Preparando o café no hostel enquanto o transfer não chegava
Os pepinos da viagem 2v4gy
E falando em mochila, o locker de Brisbane é por autoatendimento e a sorte não estava ao nosso lado. Coloquei nossos dados no sistema e uma porta abriu, deixamos as mochilas e fomos embora. No final do dia, inseri os dados e outra porta abriu, vazia!
Eu lembrava o número em que tinha colocado e fui buscar ajuda. Como tudo fecha às 17h, não tinha ninguém para ajudar e faltavam duas horas para o voo. Um certo pânico no ar quando vi um cartaz com um número e liguei, um homem atendeu e pediu para eu procurar a sala de segurança. O segurança prontamente nos atendeu, acreditou no que falei e entregou as mochilas sem verificar se realmente eram minhas. A dica aqui é prestar muita atenção no número que o sistema te dá e se outras portas também abrirem ao mesmo tempo, use somente a porta com o número fornecido. Saímos correndo para pegar o trem e por pouco conseguimos entrar no último e chegar em cima da hora no aeroporto. Ufa!
Outro exemplo de como mochileiros são tratados foi em Perth, durante uma semana peguei o trem para o centro e ninguém veio falar comigo. No último dia chegamos de mochilão e vieram rapidamente perguntar se precisávamos de ajuda.
Em um próximo post escrevo sobre os preparativos para esta viagem e o que não pode faltar na mochila. Ficou muito extenso relatar tudo aqui. Para saber mais detalhes sobre os destinos percorridos, clique nos textos do índice Austrália.
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Como chegar: Latam tem voos toda a semana partindo de Santiago. Fui de Qantas e recomendo, pena que a companhia aérea não parte mais de Buenos Aires. O vinho argentino na ida e o australiano na volta foram excelentes.
Confirme com a sua hospedagem a melhor forma de transporte, em Sydney vi que era fácil chegar de trem, porém caminhei algumas quadras com a minha mochila até descobrir que o serviço de transfer custava o mesmo que o trem e deixava na porta do hostel.
Leve um celular desbloqueado e compre um chip. Gastei A$29 na Virgin para ter 400 créditos que sobraram, facilitaram e salvaram minha vida em algumas situações.
Seguro saúde não é obrigatório, mas recomendável. Ir no hospital com dor de estômago já corre o risco de ser internado até descobrirem que não é nenhuma bactéria contagiosa. O gasto extra será mais caro que a viagem.
13 horas de voo pelo Polo Sul
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Comunicadora, idealizadora deste site, fotógrafa e guia de turismo. Há 18 anos relata suas experiências de viagem focando em cultura e aventura. Saiba mais na página da autora. Encontre no Instagram
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